Apesar de estar inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera a preferência do eleitorado paulista em uma eventual disputa presidencial, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (7) pelo instituto Paraná Pesquisas. O levantamento mostra que, se as eleições de 2026 fossem hoje, Bolsonaro venceria com folga o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado de São Paulo.
De acordo com os dados, Bolsonaro aparece com 42,6% das intenções de voto, contra 29,1% de Lula. A pesquisa ouviu 1.700 eleitores entre os dias 1º e 4 de maio em todas as regiões do estado. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Outros nomes da direita também se destacam. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também superariam Lula em cenários simulados de primeiro turno.
Michelle teria 35,8% das intenções de voto, enquanto Lula ficaria com 29,2%. Nesse cenário, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) surge com 10,8%, seguido por Ronaldo Caiado (União Brasil) com 5,8%, Eduardo Leite (PSDB) com 3,9% e Helder Barbalho (MDB) com 0,5%.
No confronto com Tarcísio, o atual governador paulista teria vantagem numérica sobre Lula, embora os percentuais exatos não tenham sido divulgados na síntese disponível até o momento.
Cenário sem Bolsonaro, Michelle e Tarcísio
Em um cenário sem os principais nomes da direita — Bolsonaro, Michelle e Tarcísio —, Lula lidera com uma vantagem modesta. O presidente aparece à frente do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), segundo colocado. Os demais nomes seguem em posição distante, com destaque novamente para Ciro Gomes.
A pesquisa reforça o cenário desafiador para Lula em São Paulo, estado mais populoso e economicamente relevante do país, onde enfrenta dificuldades históricas para consolidar apoio majoritário.
O levantamento também sinaliza a força do bolsonarismo no eleitorado paulista, mesmo após a inelegibilidade do ex-presidente decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.