Deputado licenciado sugere que presidente da Câmara mudou de postura após encontro com ministro do STF e estaria sofrendo pressões para barrar projeto.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou, nesta sexta-feira (4), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), por sua posição contrária à anistia de condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Em entrevista à rádio Auriverde, Bolsonaro afirmou que Motta “tem falado igual a um esquerdista do PSOL” ao se opor à proposta.
“Ele tem adotado um discurso semelhante ao da esquerda, mencionando democracia e rejeitando a anistia, como estamos acostumados a ouvir de Lula e seus aliados”, declarou Eduardo, segundo a CNN Brasil.
O parlamentar também sugeriu que Motta estaria sendo pressionado para impedir o avanço do projeto de anistia e que sua mudança de opinião ocorreu após um jantar com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “A pressão popular é fundamental. Hugo Motta, em bom português, está sendo ameaçado. Antes do jantar com Moraes, sua posição era favorável à anistia”, afirmou.
A proposta de anistia é uma prioridade para o Partido Liberal (PL), que busca reunir apoio suficiente para aprovar um requerimento de urgência, permitindo que o texto seja analisado diretamente pelo plenário da Câmara, sem passar por comissões.
Diante da resistência de Motta, a oposição decidiu coletar assinaturas individuais dos deputados para levar o projeto adiante. Segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), Motta tem solicitado aos líderes partidários que não assinem o requerimento. “Diante disso, mudamos de estratégia e começamos a coletar assinaturas individuais. Já temos 163 das 257 necessárias”, informou Sóstenes após uma reunião de líderes na quinta-feira (3).