Pesquisa revela que presidente freou queda de popularidade e mantém vantagem até sobre Bolsonaro, hoje inelegível
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lideraria a corrida presidencial caso a eleição fosse hoje, superando todos os principais nomes da direita, segundo a mais recente pesquisa do instituto Datafolha. O levantamento mostra que, mesmo diante de um cenário político turbulento e a 18 meses do pleito de 2026, o petista conseguiu estancar a queda de popularidade registrada em fevereiro — seu pior momento nos três mandatos que exerceu.
O estudo simula cinco cenários de primeiro turno e aponta que Lula seria reeleito mesmo em uma disputa direta contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro também é réu por suposta tentativa de golpe em 2022, o que dificulta ainda mais sua possível candidatura.
Na simulação em que Bolsonaro aparece como adversário, Lula lidera com 36% das intenções de voto. Bolsonaro vem em seguida com 30%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro, com 12%, seguido do influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), com 7%, e do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que pontua 5%.
Brancos, nulos e eleitores que não votariam em nenhum dos candidatos somam 9%. Outros 2% dos entrevistados afirmaram que ainda não sabem em quem votariam.
O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 3 de abril, com 3.054 eleitores a partir dos 16 anos, em 172 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Além das intenções de voto, o Datafolha também indicou uma estabilização na avaliação do governo. Depois de uma sequência de quedas desde o início do mandato, a percepção da população sobre Lula parece ter se consolidado nos últimos dois meses, o que pode sinalizar uma recuperação de apoio à medida que o governo avança em pautas sociais e econômicas.
O cenário, no entanto, ainda é volátil. Com o ex-presidente Bolsonaro fora do jogo por ora, a direita segue sem um nome competitivo consolidado para 2026, o que amplia a vantagem de Lula nas projeções atuais.
Apesar disso, o levantamento serve como termômetro político e deve influenciar tanto os rumos do governo quanto as movimentações de possíveis adversários nos próximos meses.