Por algum motivo mágico ou cósmico, parece que a eleição de 2026 em Hortolândia vai virar uma espécie de reality show político com recorde de inscrições — não para vereador, veja bem, mas para deputado estadual. Sim, você leu certo. Pelo andar da carruagem, teremos mais candidatos a estadual do que para a própria Câmara Municipal. Um feito digno de aplausos — ou pelo menos de um bom meme.
Pelo que se comenta nos bastidores (e nos grupos de WhatsApp, claro), a fila de pré-candidatos da cidade está tão grande que já dá pra fazer um campeonato municipal de vaidade. Porque é isso que parece: cada um querendo ser o herói, o salvador da pátria, o escolhido por Deus e pelo algoritmo do Instagram. Pena que, na prática, acabam sendo só mais um voto dividido no meio da bagunça.
A direita de Hortolândia, como sempre, está unida — cada um com seu próprio ego inflado. Enquanto isso, a esquerda, que de boba não tem nada, já deve estar preparando o terreno para lançar um nome só, fazer campanha organizada e garantir a vaguinha na Alesp. É como dizem por aí: enquanto uns brigam pelo espelho, outros cuidam do tabuleiro.
E o povo? O povo quer um representante estadual de verdade. Um nome forte que olhe pra cidade com responsabilidade, não mais um aventureiro político em busca de curtidas e cargos. Também é preciso lembrar que Hortolândia já tem uma representante estadual: Ana Perugini, que provavelmente buscará a reeleição. E goste-se dela ou não, ela está lá, trabalhando — enquanto a direita se engalfinha no meio da própria soberba.
Se continuar assim, 2026 vai ser o ano do “ninguém ganha nada”. Uma eleição com tantos candidatos do mesmo campo político que acabarão se anulando. O mais curioso é que muitos desses pré-candidatos juram que têm “chances reais” — e até acreditam nisso! Só esqueceram de combinar com o eleitorado, com a matemática e com o bom senso.
Fica a dica: Hortolândia precisa de um nome estadual forte e um federal comprometido. Não de um desfile de vaidades travestido de projeto político. Mas, claro, quem sou eu pra atrapalhar o sonho de ser deputado? Só mais um observador cético… e um pouco sarcástico.
Por Carlos Viana