"O Verdadeiro Motivo por Trás da Corrida pela Prefeitura de Hortolândia"
Em três dias, os eleitores de Hortolândia vão às urnas para decidir quem terá a responsabilidade de gerir a cidade pelos próximos quatro anos.
Em três dias, os eleitores de Hortolândia vão às urnas para decidir quem terá a responsabilidade de gerir a cidade pelos próximos quatro anos. E a pergunta que muitos devem estar se fazendo é: você já escolheu seu candidato para prefeito? Mas a verdadeira questão vai além da escolha de um nome na urna. Quem será a pessoa a administrar um orçamento colossal de mais de R$ 1,7 bilhão? A resposta a essa pergunta é central, porque essa corrida eleitoral não é apenas uma competição ideológica ou uma batalha de projetos para o futuro da cidade. No fim das contas, é uma disputa acirrada pelo controle de uma imensa quantia de dinheiro.
Com tantos milhões em jogo, é difícil acreditar que os ataques e a desinformação que permeiam a campanha sejam apenas pelo "amor à cidade". A política local se tornou uma arena de disputas pessoais, onde o poder e o controle dos recursos municipais parecem ser os verdadeiros prêmios. A administração de Hortolândia, como de qualquer outra cidade com um orçamento robusto, não se resume a cuidar das ruas, melhorar a saúde pública ou trazer mais segurança para os cidadãos. Esses são, obviamente, elementos essenciais e esperados. Mas o controle sobre um orçamento desse tamanho é também uma porta aberta para contratos, licitações e a capacidade de influenciar decisões que impactam diretamente a economia local. É uma chave para o poder, muito além dos R$ 24 mil mensais que o cargo de prefeito oferece como salário.
É por isso que essa ideia de que pessoas com milhões na conta bancária estaria brigando para ser prefeito apenas por esse salário se torna difícil de acreditar. Quem já acumulou uma fortuna não está disputando o cargo para ganhar um cheque mensal que, para eles, é irrelevante. O verdadeiro atrativo está no controle do destino financeiro da cidade. É o poder de decisão sobre investimentos, parcerias públicas e privadas, e a influência que se pode exercer sobre o futuro de Hortolândia.
Custo à acreditar que essa briga política, portanto, não é um reflexo das diferenças ideológicas ou de visões opostas sobre como melhorar a vida da população. Pra min é uma disputa por quem terá o controle da máquina pública e, consequentemente, quem decidirá como e onde será gasto esse mais de R$ 1,7 bilhão de arrecadação dos próximos anos. E, sim, como em muitas eleições locais, o jogo sujo aparece: desinformação, ataques pessoais, promessas vazias, enfim todo tipo de coisas. Porque, ao final, controlar esse orçamento colossal é o verdadeiro troféu.
Para o eleitor, a grande questão é: em quem confiar para gerenciar essa fortuna e, ao mesmo tempo, priorizar os interesses da população? Enquanto candidatos trocam farpas e acusações, a cidade precisa de alguém capaz de lidar com os problemas reais: infraestrutura, saúde, educação, segurança e o bem-estar dos cidadãos. E, claro, alguém que administre o orçamento com responsabilidade e transparência.
É inevitável que muitos eleitores sintam ceticismo diante de tudo isso. A política, em todos os níveis, tornou-se um palco de interesses que muitas vezes parecem distantes das preocupações do dia a dia dos cidadãos comuns. Mas, no final das contas, essa eleição é sobre o futuro de Hortolândia. A questão não é apenas quem vai ocupar a cadeira de prefeito, mas quem terá as rédeas de uma cidade em crescimento, com recursos consideráveis e desafios significativos.
Escolher um candidato não deveria ser apenas uma questão de simpatia ou de identificação com um discurso, mas sim uma decisão consciente sobre quem tem a competência e a honestidade para gerenciar esses R$ 1,7 bilhão em nome da cidade, e não em benefício próprio. Afinal, Hortolândia merece mais do que apenas um "gestor" de cifras – ela precisa de alguém comprometido em investir esse dinheiro no futuro de todos.