Opinião: A Estratégia por Trás da Ausência de Zezé Gomes no Debate Político em Campinas
Primeiramente, é importante reconhecer que a ausência de um candidato em um debate pode ser interpretada de várias maneiras. Para alguns, pode parecer um desrespeito ao processo democrático ou uma falta de compromisso com os eleitores.
Ontem, quinta, (29/08) o grupo G1 de Campinas realizou um debate político, mas um dos principais candidatos, Zezé Gomes, que lidera disparado nas pesquisas pela prefeitura de Hortolândia, não compareceu. A ausência de Zezé não passou despercebida, e seus adversários rapidamente aproveitaram a oportunidade para atacá-lo nas redes sociais. Mas por que ele faltou a um evento tão importante?
Primeiramente, é importante reconhecer que a ausência de um candidato em um debate pode ser interpretada de várias maneiras. Para alguns, pode parecer um desrespeito ao processo democrático ou uma falta de compromisso com os eleitores. No entanto, existe uma tática política bem conhecida por trás dessa decisão, especialmente quando se trata de candidatos que estão à frente nas pesquisas.
Ontem mesmo, uma pesquisa revelou que, se as eleições fossem hoje, Zezé Gomes venceria com facilidade, obtendo mais de 40% dos votos. Seu oponente mais próximo, Meira, está com apenas 19,8%. Em uma situação como essa, é natural que o candidato líder evite situações onde poderia ser desgastado por críticas e ataques dos adversários. Participar de um debate significa se expor a perguntas difíceis, a críticas e a propostas que, muitas vezes, são utópicas ou inviáveis, mas que podem, momentaneamente, desgastar a imagem do candidato.
Sem a presença de Zezé, o foco dos candidatos restantes pareceu mais voltado a atacar quem não estava presente, ao invés de discutir soluções concretas para os problemas de Hortolândia. É claro que debates são uma parte essencial da democracia, mas, em certos contextos, a ausência também pode ser uma jogada estratégica.
Em suma, a decisão de Zezé Gomes de não comparecer ao debate pode ser vista como uma manobra calculada para evitar desgaste desnecessário. Afinal, por que ele se submeteria a um cenário onde o único resultado possível seria uma perda de pontos, quando as pesquisas já o colocam confortavelmente à frente? Isso não é apenas uma tática política comum, mas também uma estratégia inteligente, especialmente em uma corrida eleitoral onde a margem de vitória parece estar praticamente garantida.